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terça-feira, 12 de março de 2013

Sobre a efemeridade da vida.

Esse ano, 2013, foi marcado por acontecimentos que fizeram eu e muita gente rever nosso conceito sobre amizade e sobre a vida. O fato é a vida é tão efêmera e passageira que nesse exato momento em que escrevo ela pode estar acabando para alguém próximo a mim.
É assim, você pode estar assistindo sua televisão, tranquilo, quando alguém te liga e dá a notícia. Você pode estar cheio de problemas, apressado, e ser surpreendido pela noticia. Você pode estar todo animado, em uma festa de réveillon, quando alguém te liga, você pensa que é para desejar feliz ano novo, mas não.
Meu avô uma vez disse, que chega um momento em nossa vida que as pessoas simplesmente começam a morrer, sinal de que você está ficando velho. Achava isso um pensamento tão triste... Até perceber, recentemente, que ele estava errado. As pessoas morrem a qualquer momento de suas vidas e da nossa também e quando mais cedo isso acontece, menos estamos preparados.
Cazuza cantava e pelo menos para mim, ainda canta, que “a vida é bem mais perigosa que a morte”. Quando a morte chega, não é só a vida de pessoa que acaba. Acabam-se também todas as chances que você tem com quem morre. Acabam-se as possibilidades de bons momentos juntos, de reconciliação por alguma briguinha boba, de você ajuda-la em algo que ela ou ele estava precisando. Não sei vocês, mas eu não quero viver para sempre pensando que eu podia ter desculpado, ou ter pedido desculpas, ou podia ter chamado para sair, ou podia ter estado mais próxima...
Esse não é para ser um texto que traga memórias tristes para quem lê e sim que faça você pensar. Tem dado assistência a quem você quer ou a quem te quer bem? Tem feito alguém feliz e tem deixado ser feito feliz? Como já disse nesse exato momento alguém pode estar morrendo, até nos mesmos, e ai? Como, outra vez, Cazuza disse “pra que chorar, a vida é bela e cruel, despida. Tão desprevenida e exata, que um dia acaba.” Ele como eu, falava tanto da morte, porque percebeu o quanto a vida é breve. VIVA!


Marcela Lopes