Faz tanto tempo que não escrevo nada. Já disse uma vez que a felicidade tem me ocupado tanto, que não me sobra tempo. Mas acontece que agora me bate uma insegurança e, sempre foi a insegurança que me inspirou a escrever.
Pessoas me ainda perguntam se ainda sinto algo por você, e aqueles que têm a certeza de que sinto algo, sempre me perguntam o que eu sinto. A todos respondo a mesma coisa, arrependimento. Eles concordam, falam que não valeu a pena, elogiam o meu amadurecimento, mas não, eles não entendem. Não é de você que me arrependo.
Me perguntaram hoje no formspring.me se alguma vez já fizeram acontecer e eu não fiz valer a pena. Só então percebi, essas são as palavras certas. Você fez tudo acontecer, você me beijou, você começou com tudo isso, deu o primeiro passo, e eu de besta, não tive a sabedoria, mais do que isso, a calma de fazer tudo valer a pena. Se me falam mal de você, eu sempre digo, quem errou fui eu.
Mas esses dias as perguntas mudaram, não se interessam mais se eu sinto ou não sinto, se interessam em saber se vou repetir. Difícil responder essa, porque nem eu mesma sei. Sei que prometi, para alguém e para mim mesma que não iria, mas e a vontade? Sempre resisti a tudo, menos a tentações. É por isso que ando fugindo, mentindo, viajando. É por isso que não te atendo, não te respondo. Tenho medo... Não medo de não dar conta e sim de querer.
Confesso, eu tenho medo é porque quero mesmo. Quero repetir, de um jeito diferente, nossa história. Arrancar cada página, como se fosse um rascunho e agora passar a limpo. É isso! O pior é que você aceita, já me demonstrou isso. E agora?
A escolha está em minhas mãos, é isso? Eu escolho se devo errar, se devo tentar, fugir, ou sei lá, esperar. Odeio tomar decisões, além do mais quando estas afetam muitos à meu redor. Porque algo que era tão difícil para mim, agora está tão fácil mas cheio de efeitos colaterais?
Como diz Caio F. Abreu: "Ah, como não sei responder às minhas próprias perguntas!".
Se der pra fazer diferente, acho que farei. Mas se eu tiver a certeza de que será tudo igual, de que não sou capaz de acertar com você desta vez, juro que nem vou tentar. Não vou nos confundir, e bagunçar nossa vida novamente. Tudo está tão calmo por aqui, por ai também. Talvez esse seja o verdadeiro problema, a falta de problemas!
Beijos, Marcela Lopes.
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