Ela tinha 11 quando cortou seus pulsos pela primeira vez... Não, não, ela tinha 9. Como se fossem correntes, cadeados, ou qualquer coisa que a prendia. Algo nela foi solto, liberado e sumiu, foi embora. Não que tivesse sido expulso, ou que tenha fugido. Algo nela evaporou, foi levado com o vento, junto da poeira do quarto e da fumaça dos cigarros que fumavam perto dela. Ela não sentiu falta, ninguém sentiu falta, apesar de estar se sentindo um pouco incompleta... Ninguém percebeu o que ela tinha perdido.Apesar de alguns textos conterem relatos reais, em geral eles não têm nenhum compromisso com a verdade. São crônicas, diálogos, contos, desabafos que, verídicos ou não, se transformam em uma biografia online e em capítulos desta que vos escreve, Marcela Lopes.
quarta-feira, 9 de março de 2016
ela morreu
Ela tinha 11 quando cortou seus pulsos pela primeira vez... Não, não, ela tinha 9. Como se fossem correntes, cadeados, ou qualquer coisa que a prendia. Algo nela foi solto, liberado e sumiu, foi embora. Não que tivesse sido expulso, ou que tenha fugido. Algo nela evaporou, foi levado com o vento, junto da poeira do quarto e da fumaça dos cigarros que fumavam perto dela. Ela não sentiu falta, ninguém sentiu falta, apesar de estar se sentindo um pouco incompleta... Ninguém percebeu o que ela tinha perdido.
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