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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Nunca viram ninguém triste? Por que não me deixam em paz? As guerras são tão tristes e não tem nada demais. Me deixem, bicho acuado, por um inimigo imaginário. Correndo atrás dos carros como um cachorro otário. Me deixem, ataque equivocado, por um falso alarme. Quebrando objetos inúteis, como quem leva uma topada. Me deixem amolar e esmurrar a faca cega, cega da paixão e dar tiros a esmo e ferir o mesmo cego coração. Mas não escondam suas crianças, nem chamem o síndico, nem chamem a polícia, nem chamem o hospício, não. Porque eu não posso causar mal nenhum, a não ser a mim mesmo! (Cazuza)

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