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terça-feira, 30 de março de 2010

Terceiro:

Eu sei, tu já esperava um depoimento meu hoje. É que a madrugada me inspira, e hoje mais do que nunca a noite, as estrelas e principalmente a lua estão inspiradoras... Como é lindo se abrir com alguém, mesmo sabendo que esse alguém nada espera de você, que esse alguém nem se importa com o que diz, ou que esse alguém pode não ter nem ouvido... Estranho seria isso pra você, amigo? Talvez por pensar demais nos meus medos, eu resolvi não pensar dessa vez. Talvez por amar demais, eu resolvi não amar dessa vez... Seria o mesmo que ocorre com você? Às vezes penso que tudo que eu falo a ti, sobre ti, sobre mim, parece ser confuso aos teus olhos, outras vezes tu te tornas tão compreensivo e confiante que nem eu mesma sei dizer que tu és, nem você mesmo sabe julgar a quem tu se parece... Ás vezes lobo, as vezes cordeiro (como em um filme adolescente ridículo)... Vai dizer que não? Vai dizer que é sempre você mesmo? Eu não sou sempre o que eu gostaria de ser, eu não estou sempre bonita, alegre, efusiva, confiante, simpática e nem com minha alta alta-estima como tu me conhece... Ás vezes só o tempo pode nos dizer quem somos, e ta ai o lance da idade. Idade não diz quem somos, idade não amadurece, idade não é nada alem de um pretexto que os homens usam na hora de escolher as mulheres a quem namoram... Você não amadureceu com a idade, você amadureceu com a vida, e posso dizer, com toda a certeza desse mundo, que amadurecemos pelo mesmo motivo: excessos (amor demais, ódio demais, liberdade demais, confiança demais, desconfiança demais)! Talvez não concorde comigo, assim, de primeira... Talvez precise amadurecer mais, ou tomar algumas doses a mais. Ou pode também concordar, não sei, não te conheço e sinceramente, começo a ter medo de conhecer... Como não temer alguém que teme a si mesmo? Não te critico, te falo o que sinto, o que vejo, o que penso... Sinto que devo, vejo que não posso e penso que seria ótimo!

Você me inspira, seu enigma me consome.

Marcela Lopes





(Depois desse não salvei mais, que triste...)

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