Pages

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Tempo Não Para...

Cybelle Félix

Foram beijar o céu aqueles que um dia tiveram a vida breve, a vida breve e bela. Tão bela quanto um ritual que nos aproxima cada dia mais de Cazuza. 20 anos de saudades significa, como já dizia o Ezequiel "De presença da ausência de tê-lo vivo." Mal podemos imaginar, nos colocar no lugar da família de Cazuza, o que seria 20 anos sem Cazuza perto deles? "O tempo não pára e a gente ainda passa correndo", nos alimentamos do passado. E é justamente esse alimento que nos mantém vivos nesse grande pequeno mundo que Cazuza queria mudar. Ele não conseguiu mudar o mundo, mas ele transformou e continua transformando os corações de quem o escuta. Pela coragem de mostrar a sua cara e de gritar pro mundo o que sentia, ele ficou conhecido como um lendário, um ícone, um gênio, um poeta, enfim, não há palavras de nenhum fã, não há uma definição exata de Cazuza que possa demonstrar todo o amor que sentimos por ele, só sabemos dizer que o amamos, pra sempre.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tempero antigo.

Escute-me. Quero que quando eu passar pela nossa pracinha, você esteja lá, quero que finja que não estava me esperando e sutilmente sorria, venha me cumprimentar como que por educação e finja que não sabe o quanto eu te quero. Converse um pouco comigo e quando eu for começar a contar como vai minha vida me beije, me beije como se nunca tivesse me desejado antes, como se não soubesse que espero ansiosamente por isso. Meu coração irá bater forte, e um frio me subirá pela espinha. No começo me fingirei de surpresa, tudo para manter a aparência de menina centrada mas não quero hora nenhuma parar de te beijar. Para te mostrar que gostei, colocarei minha mãe na sua nuca, quero sentir seu cabelo preto e macio passando entre os meus dedos e sua mão forte com suas unhas roídas apertando delicadamente minha cintura. Continue me apertando, assim verei que sente o mesmo que sinto. Deslize sua mão para baixo enquanto com a outra, deliciosamente agarra meus cabelos lisos pela nuca. Pegue com tesão na minha bunda e me aperte contra você para que eu te sinta, agora eu sou sua e nada me fará parar. Me encoste no muro que por tantas vezes foi nosso, apoie sua mão nele, bem do lado do meu rosto e só assim pare de me beijar. Aproveite, olhe fundo nos meus olhos e solte aquele risadinha de quem diz: "O que a gente está fazendo?! Quero mais!". E não se segure, comece a me beijar de novo e vá se arrastando para trás até que encoste em um lugar que possa se apoiar, naquele murinho baixo você escora e me coloca entre suas pernas para que eu possa te sentir. E eu, sem pensar duas vezes e sem você precisar dizer uma palavra ponho-me a te tocar, ora por estar possuída por sentimento vulgar, ora por sentir-me no dever de te dar prazer. Você disfarça, mas não consegue aguentar e geme, e eu me arrepio. Não sabe o quanto fico excitada em te ouvir gemendo... Olho para os lados, ninguém nos vê, sinto uma vontade inexorável de te levar pra minha casa, resisto porque sei que a fissura pode acabar no meio do caminho. Você não acredita no que estou fazendo, você nunca imaginou que eu seria assim e sorri desavergonhado, um sem vergonha inexplicavelmente gostoso. Estou perdida,  não sei o que estou fazendo, e não quero parar de fazer, com medo do que irei fazer quando acabar. Não quero que acabe, nunca...


Marcela Lopes

Velhos desejos.


Você ainda mexe comigo... Estranho, talvez faça uns três anos desde que te beijei pela ultima vez, mas me lembro. Me lembro perfeitamente do seu gosto, do teu cheiro depois do treino, me lembro da primeira vez que timidamente você arriscou abaixar um pouco mais a mão. Bá, quanta bobagem... Me lembro que quase te bati, que sai correndo atrás de você, mas no fundo eu sabia que quando te alcançasse não iria fazer nada além de te dar um beijo. Lembro de quanto te amei, e de quanto isso foi importante para mim, me lembro de achar que você me amava, e que você não ficava comigo, pois tinha certeza que eu seria sempre sua... Me lembro de ter passado dois anos da minha vida esperando por um carinho seu, me lembro de ter valido a pena. 

Agora mais não, mas você era gordinho... Gordinho e lindo, moreno, alto, ainda sinto o tesão que sentia ao pensar em você. Cada beijo que me deixava louca, e só de passar a mão em seu rosto, talvez a unha, você se derretia todo. Estranho, você agora tão longe de mim...
Tento me segurar, eu confesso, toda vez que te vejo. E você pode perguntar meus amigos, tenho falado de você, tenho perguntado por você e mais, tenho te sentido todos os dias em meus sonhos, quisera eu poder realizá-los. Mas sei que qualquer coisa que eu falar pra você, poderá ser usada contra mim, sei que cada tentativa tem nove chances em dez de ser em vão, e sei que eu teria de passar por cima de muita coisa pra estar ao seu lado de novo. Mas tudo que eu queria era te ver agora, ao acaso... 

Marcela Lopes

terça-feira, 27 de julho de 2010

E essa lua cheia judia de mim...


Enquanto as lembranças dela são
estrelas no céu noturno,
as minhas compõem o assombrado
espaço vazio entre elas.

(Trecho de Querido John de Nicholas Sparks)

(Para alguém, que sabe quem...)
Marcela Lopes

Confissões.

Confesso que me segurei para não falar com você nessa semana. Confesso que doeu ti ver online e não poder fazer nada. Confesso ainda que abri sua janela uns tantas vezes na esperança de te flagrar escrevendo uma mensagem, doce ilusão. Mas tem uma coisa que não posso deixar de te confessar, não te evitei somente por causa dela, ou pela promessa que fiz a mim mesma. Me segurei também por medo, por receio de que você me respondesse mal, ou ainda pior, me ignorasse.
A tempos eu não me sentia assim, te mãos atadas sem poder fazer nada a seu respeito... Mas sinceramente, valeu muitíssimo a pena! Valeu por eu, enfim, conseguir te mostrar minha força, valeu porque enfim eu consegui ser forte! Valeu porque pela primeira vez, eu não decepcionei alguma pessoa que eu gosto muito. Me sinto vitoriosa por saber que eu superei, que eu sempre supero, e ainda mais por saber que você está aprendendo, eu sei que está, tem uma ótima professora. Valeu a pena cada minuto que perdi com você, porque só assim pude perceber a falta que faz um minuto perdido. Valeu a pena cada noite que não dormi, porque agora sei o que é dormir tranquila. Agora entendi, o que meu tão estimado Nando quis dizer com: “Tornar um amor real é expulsa-lo de você, pra que ele possa ser de alguém!” 

Marcela Lopes

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Para Mimizinha.

Eu e Mimi, na quadrilha do IFMG 2009.
E tem aquele tipo de pessoa, que já nasceu contigo, que tem a obrigação de estar eu seu lado e mesmo assim faz isso com tanto gosto, com tanto amor, que a gente sabe que sempre vai estar lá. E mesmo com erros, no caminho errado, tem aquela pessoa que te busca e te conduz para o que é digno, e é assim que a gente se levanta. E nas horas difíceis, essa mesma pessoa continua lá, ao seu lado. E também na alegria, nas festas, na turma, em tudo. Existem laços, que mesmo que se não fossem de sangue, seriam de amor. Laços esses que a gente sente, sabe que estão lá, mesmo distante, mesmo incostante. É amor... E pode até ser, que essa pessoa acredite que você não sente o mesmo, talvez ela sinta que você não se importa, mas você sabe que importa e só queria mostrar para ela que você precisa dela, e que se preocupa, que você olha por ela e a protege mesmo de longe. O fato é que pessoas assim, são difíceis de encontrar, e eu, não acredito na sorte que tive se não ter que procurar muito, de estar ao seu lado desde o meu primeiro dia de vida. E desde a gente pulando com sandalinha da Miney no meu primeiro aniversário, e da gente se estapeando e arrancando pedaço uma da outra com a unha, desde o meu primeiro passinho, e das nossas idas à praia, desde que eu me lembre, eu sempre te amei. Desde que eu existo, eu sempre te amei. E enquanto estivermos aqui, eu sempre te amarei. E você pode acreditar, estou contigo. Sempre, pra tudo. Confie a mim seus segredos mais obscuros, seus desejos mais secretos, seus pecados mais terríveis, que eu te confiarei sempre, a minha amizade, irmandade, ou como você queria chamar. TE AMO!

Marcela Lopes

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O que vai ficar na fotografia...









Fotos por Ana Clara Castro

      

Eu, eu, eu... Narcisismo!




Tenho medos que nunca passam e uma insegurança que não me abandona. Tenho manias incontroláveis de espremer espinhas e cortar os cabelos. Não sei contar piadas e apesar de apaixonada por rimas não tenho cacife para poesia. Não sou de ler livros e sim adepta das crônicas. Marta, Clarice e Cazuza é que estão presentes em meus períodos. Marta me enche de coragem, Clarice me afemina e Cazuza, Cazuza sou eu. As vezes penso que devo parar de falar de mim, as vezes falo demais dos outros. Julgo, mas aceito ser julgada. Tenho pavor de baixaria e vulgaridade, e nojo de quem possui tais características. Amo minha mãe, e relevo meu pai. Tenho uma paixão inexorável, por dias de sol baixo e chuvisco. Odeio exercícios que não posso resolver, deve ser por isso que não fui em nenhuma aula de educação física este ano. Já beijei tantas bocas que nem me lembro, já beijei tantas bocas que tento esquecer. Conheço muita gente, mas sou péssima fisionomista e ainda miope, também tenho a memória de uma formiga; isso puxei da minha mãe. Do meu pai puxei a falta de compromisso e o gosto por atrasos, não que eu goste, mas é frequente. Enquanto todas as garotas da turma babam no professor de matemática eu prefiro o de religião. Enquanto todos escutam Restart eu não abandono o bom e velho Barão e as peraltices de Nando. Sou alienada, quase atoa... Odeio futilidade, mas não abro mão de uma boa roupa nova. Sou livre para sair e voltar quando eu quero, sou livre para namorar e andar com qualquer um, as vezes me falta aconchego. Sou imensamente grata ao meu avô e o respeito mais que a mim mesma, amo-o como um pai. Sinto saudades da minha avó e de quando ela brigava comigo por fazer minha mãe sofrer... Hoje ela tem um sofrimento sem fim por ninguém em corrigir. Sou indomável, até hoje não me faltou uma coisa das que eu quis. Me acho tão linda que as vezes não encontro uma roupa que se alie a minha beleza. Amo meu cabelo de qualquer forma que ele acorde, passo esmalte vermelho em unhas roídas sem vergonha alguma e uso salto alto durante o dia. Adoro fazenda, se tiver um repelente. Adoro praia, se estiver magra. Adoro namorar, se houver confiança. Gosto de aparecer de qualquer jeito, mas prefiro que seja positivo. Sei tão pouco sobre mim que mal consigo terminar o parágrafo.


Marcela Lopes

terça-feira, 20 de julho de 2010

Terapia contra solidão.

Eu, fazendo a ata da posse do LEO Clube.
Sinceramente, estou empanturrada de tanta sinceridade... Pois sei; é nas mais verdades que se encontra a emoção. Escrever é minha sina, terapia para a solidão, descobri sozinha quão grande é meu poder de persuasão. Gosto de escrever sozinha, no silêncio da noite mas, sobretudo,  gosto do som das teclas formando cada nova ilusão. Gosto de rimas ao acaso e do som de cada letra ao sair da boca de quem nem se quer sabe o motivo pelo qual foram escritas. Sou humana, cresço com as críticas mas o que me excita mesmo são os elogios. Mais que imperfeita, escrevo assim para me mostrar. Tola, dom eu não tenho, mas faço minhas, as palavras de quem julgo a mim parecido. Tento, as vezes consigo tocar meu alvo, quisera eu ter a audácia de tocar a todos. Sou daquelas que sempre procura a letra da música antes de arriscar cantarolar, não admito erros, tento não pular ou repetir palavras. O que sou mesmo é desprovida de fala, não tenho tato para convencer em um dialogo, que quando lido em um papel parece muito mais influente. Sei lá, as vezes me sinto em um mundo alheio ao que vivo. Me imagino em lugar melhor, mas não imagino o caminho... Taí, esse deve ser o porquê de tanta contradição; escrevo para não ver o tempo passar.


Marcela Lopes



(Hoje me perguntaram quais dos textos do blog eram meus, resolvi assim assina-los...) 

ENTRE O SAGRADO E O PROFANO


Ela sempre fora vítima do 
fardo das mulheres diferentes: ela pensava! 
Criticava os rótulos arcaicos das 
mulheres escolhidas, das caladas e subservientes de seus maridos! 
Nunca imaginara presa por 
alguém ou alguma coisa que tirasse - lhe o sopro e o sabor do vento: era livre. 
Cresceu com o estigma 
feminino de casar, procriar e cuidar da prole, mesmo que não há tivesse escolhido. 
O marido, provedor e senhor, seria a única opção de exercer seu desejo. 
Seu gozo só seria permitido 
pelo branco do vestido e pela argola que prenderia seus dedos: ah, sinais!! 
Não se via assim. Não era 
assim. Não seria ela! 
Nascera para profanar as tradições
 e clichês de um comportamento engessado e morto. 
Era seguidora de Peter 
Drucker: "Existe o risco que você 
não pode jamais correr e existe o risco que você não pode deixar de correr.” 
Já havia escolhido seu 
destino. O homem que escolhera para si seria escravo, objeto e amante. Mesmo 
que isso lhe obrigasse o uso do disfarce daquelas que o usam para negar quem
são de verdade: mulheres, amantes e donas de sua sorte e fantasias! 
Dominara o homem que pedira 
para ser dominado. Ele também não viveria sem ela: seus corpos se pediam e suas almas aceitavam! 
Como hostilizar o que viviam?  O que fora profano se transformara em sagrado. O que era proibido, desvelara - 
se para eles. O que um queria, o outro implorava. Sucumbiram em um desejo 
único: morrer de amor. E viveram para isso! 
Corpo e alma.
 Certo e errado. Luz e sombra. Deus e diabo. Sagrado e profano.

Texto transcrito do orkut do tão estimado 
Glaucus Lemos...

domingo, 18 de julho de 2010

Tati Bernardi e eu.

O não texto.

Você não está lendo um texto. Você está dormindo numa rede, atravessando um farol, comprando um porta-clipes, fazendo arroz integral, prendendo os cabelos, assistindo doctor House, vendo sua cachorra espreguiçar. Sei lá, qualquer coisa. Mas você não está lendo esse texto.
Eu também não estou escrevendo pela trigésima vez sobre gostar de alguém. E tentando entender todos os 567 contras e 876 a favor. E tentando metaforizar um cheiro, um olhar, uma frase. E tentando descrever minha dor só para dar a ela algum patamar mais interessante do que a simplicidade de uma simples dor. E tentando supervalorizar minha alegria, só para dar a ela um gosto de vitória como se jamais fosse cotidiano ser feliz.
Eu não estou de frente para uma folha em branco. Tentando tornar meus personagens mais interessante e meus sentimentos mais nobres. Eu estou de frente para eles, vendo que meu personagem pode ser sem graça e meu sentimento pode estar morrendo.
Este é um não texto porque cansei da minha covardia em me contar um mundo que eu invento para viver melhor. Cansei de me contar um personagem só para que suspirar não seja um simples movimento involuntário. Cansei de me contar uma história linda, só para que os dias não corram sem magia e sem a certeza de um grande final de filme.
Imagina só que vida chata se eu, ao invés de escrever um texto de amor, cheio de esperança, profundidade, dor, maluquice, tesão, estivesse escrevendo um texto assim: e ninguém é interessante e eu, pra ser sincera, não gosto de ninguém.
Triste, muito triste. Chato. E pior do que tudo isso: anti-literário. Como é que um escritor vai se sustentar com um coração vazio?
Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movida por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama.
Não posso mais emprestar mistério ao vazio, vida ao oco, esperança ao defunto, saliva ao seco. Não posso mais emprestar meus desejos para que pessoas se tornem desejáveis. E, finalmente, não posso mais inventar amor só para poder falar dele.
Recebo e-mails de muita gente que me fala “que coragem escrever assim sobre o amor”, “que coragem ir tão fundo na sua dor”, “que coragem sentir tantas coisas a flor da pele”. Mas pelo menos hoje quero me desafiar a fazer algo muito mais difícil. Quero não sentir nada. Quero descansar meu coração de saco cheio das minhas invenções e precisando se preparar para viver algo de verdade.
Como será que é acordar e não esperar nada com o toque do celular, da campainha, do messenger, do e-mail, do ar, do chão? Como será que é sentir e gostar da vida pela sua calmaria e banalidade? Como será que é viver a banalidade sem achar que isso é banal?
Este é um não texto. Pra falar de um não amor. Pra falar de um não homem. Pra falar de uma não fantasia, invenção, personagem. Esse é um texto a favor da vida, pra falar da vida. A vida com seus defeitos, cinzas, brancos, estagnações, paradas, frios, silêncios, amenidades. A vida que pode não acelerar o peito e deixar tudo com estrelinhas de purpurina. Mas que é incrível por ser real.
A vida que não se escreve mas se vive, mesmo que isso, muitas vezes, seja ainda mais difícil que qualquer regra gramatical ou construção literária.

sábado, 17 de julho de 2010

Do Patrick, da Ina doida.

É difícil me iludir, porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, frio, gente burra e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia. Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que " nada é para sempre."
Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar. Amo cerveja, odeio domingos. Detesto tudo que é afetado, detesto quem não se busca e quem se acostuma a viver, da mesma maneira como se acostuma a dormir ou comer. Curto um estilo de vida europeu. Amo o Brasil. Viciado em pessoas, adrenalina e coisas que não prestam. A vida só tem sentido quando nós colocamos sentido nela, ou entao ela vai virar uma coisa tão ruim que você vai desejar uma outra vida, ou pior desejar não ter vida. Disciplina é a coisa mais importante da vida. Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado. Odeio coisas comuns. Só eu sei o que se passa na minha vida. Não confio em mulher. Adoro ficar bebado de vodka. Amigos para mim tem mais valor que qualquer mulher no mundo. Quando gosto de alguém eu dou a vida por essa pessoa, cê não ta ligado. Faço acontecer, não desisto nem fudendo. As experiências não devem ter limites. Simplicidade me encanta. O que se leva dessa vida é a vida que se leva. Me arrisco, sem medo, sem arrependimento. Só existem 4 perguntas verdadeiras na vida: O que é sagrado? Do que é feito o espírito? Pelo que vale a pena viver? Pelo que vale a pena morrer. A resposta para todas é o amor. As vezes é preciso abandonar algumas coisas. Foda-se, eu vivo os meus sonhos todo os dias.

formspring.ME?

Sério, esperei um tempo... Até que todo aquele alvoroço em cima do meu nome passasse. Vou falar agora, tudo que me irritou e que as vezes ainda vem me assombrar.
Fizeram um forms, legal, eu já tive dois, que tiveram o mesmo nome: maarlopes. E só. Nunca precisei me esconder atrás de nada para falar o que penso, quem me conhece e até mesmo que não me conhece sabe disso. Nunca terei medo de mostrar quem realmente sou. Nunca vou me encolher diante de algo grande e nunca, nunca mesmo levarei desaforo pra casa. Com uma condição; se eu estiver certa. Errando, ninguém pode cobrar nada.

Tive tanta vontade de descobrir quem era o maldito dono daquele forms, igual a qualquer um de vocês. Mas infelizmente a justiça tardou tanto que falhou. Escutei muita barbaridade, de verdade. Se vocês não estavam contentes com o que estavam dizendo sobre vocês, agradeçam... Porque não estavam usando seu nome e mais, não foram vocês que receberam ligações com ameaças, não era nenhum de vocês que não podia entrar no MSN sem ouvir alguma merda. Tá, passou, cool. Mas porra, vieram me dizer que rastrearam meu IP. Grande merda. Primeiro: Se eu tivesse feito algum deles, ai sim, teria uma remota chance de rastrearem. Mas ai vem o segundo: Não tem nenhuma possibilidade de rastrear o Ip de alguém pelo HTML, tss. 

Olha, sei que pode ser muito difícil de acreditar em mim. Mas na boa? Nem ligo. Não tive medo, e nem precisaria... A ameaça que recebi? De que me matariam se eu fosse ai. RS, fui ai duas vezes, fiz questão de desfilar bastante, para que todos tivessem essa grande chance, e? Nada. Que porra! Teria sido uma emoção e tanto. 
Fico imensamente feliz porque acreditou em mim, que por incrível que pareça foi bastante gente. E fico mais agradecida ainda, porque a minoria que ainda não tinha ouvido de mim, agora me conhece. HEHE.
Mas tá, não é só isso que quero falar... Tenho pensado ultimamante, em como seria empolgante, e daria ibope se eu, e realmente EU, comentasse a minha opinião sobre os assuntos corriqueiros e as grandes pessoas de Bambuí. Ainda está na idéia, e para começar vou falar de mim mesma, pode ser?


Marcela Lopes:

Marcela Lopes e Silva, na verdade. Sério, meu sobrenome não seria tão ruim se não tivesse esse "e". TSS... Tenho 16 anos, menos de um mês e vou ter 17. Já beijei mais meninos do que posso contar, de verdade mesmo, eu não faço ideia de quantos foram, parei de contar no 53. Alguns nem lembro o rosto e outros tem origem tão duvidosa quanto o bacon do "Veredas". Se querem saber, de drogas eu não sei falar bem. Ao contrário do que muitos dizem por ai, eu bebo, bebo muito! Mas drogas? Como eu já disse, não sei falar bem.
Sempre evito assuntos em que não tenho fluência, talvez esse seja o motivo de eu ter demorado tanto a convencer alguém do meu amor. Sempre me perdia nas palavras, tropeçava nas vírgulas e me excedia. Mas amar? Eu sempre amei!
Não sei se foi o fato de eu ser prima da Mirela, eu de ter namorado o Azedo que fez vocês me conhecerem, mas o fato mesmo é que as vezes isso me incomoda tanto. Como no assunto Fausto por exemplo. Sempre tive que evitar falar disso, com medo de que ele achasse ruim comigo. Mas agora? TSS, nem ligo. O que eu tive com o Fausto, não foi grande coisa por causa de vocês! De todos me julgarem e esperarem sempre o pior de mim. Eu não sou ruim, ele sabia disso. Será? Taí, não culpo vocês e nem mesmo a minha reputação (ou a falta dela) por a minha história com ele não ter dado certo... A culpa é dele. Por ter sido tão covarde e não ter encarado as pessoas com a mesma força com que eu sempre encarei.
Esse ultimo parágrafo, com certeza, levou vocês a questionarem: "E o namorado da Marcela, o que acha disso?"  Meu namorado é um fofo, não sei, de verdade, se mereço tanto. Ele esqueceu de coração, tudo o que passou, apesar de eu sempre insistir em lembra-lo. Ele confia em mim, e apesar de não ser totalmente a favor, não liga se eu falar dos meninos que fiquei, ou das coisas que já fiz.
Acho que o que me resta falar agora é justamente sobre as coisas que já fiz, e sobre como me arrependo. O maior arrependimento, dos muitos que possuo é em relação ao sofrimento que causei a Nathália. Mas também me arrependo do que um dia fiz com a Duda. E outras também, que agora não me lembro. Se um dia fiz o Azedo sofrer, pro ter ficado com o Reinaldinho e essas coisas, posso dizer que foi sem pensar, e que foi um erro. Mas me arrependo mesmo foi de ter suportado tanta humilhação como fui obrigada a suportar pra ficar do lado dele. Não me arrependo hora alguma de ter brigado com a Bianca, e nunca vou me arrepender. Nem precisa explicar o porque, é óbvio. Achei legal e não mais que isso, quando a Camila me pediu desculpas por ter brigado comigo. E da parte da Noele, acho que a gente não se dá tão bem, porque se parece demais. Um dos meus maiores arrependimentos foi de não ter mostrado pro Glaucus do que eu era, e sou capaz. Pode parecer bobagem, mas realmente me importo com a opinião dele. Me arrependo de ter lutado tanto pelo Guilherme, quando tá na cara que nascemos para ser amigos, RS. Mas hora nenhuma me arrependerei de ter feito a Fefê sofrer por isso, ela podia merecer o amor dele, mas se fosse hoje, TSS... Não mesmo! Rafaella Preta? Não mudo minha opinião sobre ela, nem por 1 milhão. Na verdade, são as pessoas que têm mudado suas opiniões a respeito dela, não é mesmo? Uuuhn, Djedje, me arrependo amargamente de não ter aproveitado ele enquanto podia, agora morro de saudades. E já que estamos na turma, me arrependo, nossa, me arrependo demais pelo tanto que me humilhei pra fazer o Fausto feliz. É em vão, ele nunca vai ser, e sabe disso. Me arrependo também pelo Emilio, por ter, sei lá, Só me arrependo. Entre essas coisas fica a tristeza, de não ter arrependido a tempo. Mas a vida é assim.
Como disse minha "amiga" Gossip Girl: "Algumas coisas nunca mudam...". Ainda saio, me divirto, rio muito alto. A diferença é que o tanto que bebo não me transforma mais em outra pessoa, agora meu sexo é seguro, rio do que realmente tem graça e não da desgraça alheia. Mas tem mais, só quem realmente merece tá comigo. Na verdade, tenho excluido tanta gente do meu convívio, que as vezes até tenho medo de ficar sozinha... Mentira, sempre tenho em quem confiar. 

Beijos, Marcela.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Caio Fernando Abreu e eu.

Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse. Por dentro também eu estava preparado para dizer, um pouco porque eu não agüento mais ficar esperando toda hora você telefonar ou aparecer, e quando você telefona ou aparece com aquelas maçãs eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você me pergunta como estou, mordo devagar uma das maçãs que você me traz e cuido meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar tudo o que digo e todo movimento, porque eu quero que você venha outras vezes. (...) A cada dia, viver me esmaga com mais força.






Acho lindo, tão lindo. Mas não sou eu, agora não.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Falta-me falta.

Só consigo escrever quando triste... Sei lá! Mas parece que quando estou realmente feliz, nunca me sobra tempo... Ou inspiração. Acho que na verdade, o que me falta mesmo é falta. Tenho feito mil coisas, saido com novas pessoas, amando, de verdade, amando muito! Amo minha nova vida, amo meu novo "quem sou eu", simplesmente me amo. E tenho amado muito mais quem me ama. Amo minha mãe e as coisas na maioria sem sentido que ela fala, amo minhas amigas e suas ansiedades, suas preocupações ambíguas de quem não faz a mínima do que quer. Amo meu namorado, e a sua sede de aprender tudo que me faz feliz, mesmo que as vezes não funcione. Amo meus amigos, que serão sempre amigos, mesmo que meu namorado insista em querer me provar o contrário. Amo olhar para as pessoas e pensar, como eu era assim? Como por tanto tempo olhei pra tudo isso e achei normal. Amo ouvir: Nossa como você mudou! Tá mais bonita... Não! Eu não estou mais bonita! Eu estou é mais feliz, realizada... TÔ VIVENDO, vivendo muito! Bebendo menos, rindo do que realmente tem graça. Tô em paz, porque daqui pra frente, é daqui pra frente! Amo mais que qualquer pessoa quem sempre me amou, que nunca me deixou de lado e acima de tudo amo quem vira para mim e diz: Essa sim, é a Marcela que eu conheço!

Marcela Lopes

Clarice e eu.

Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... Continuarei a escrever.