Ela sempre fora vítima do
fardo das mulheres diferentes: ela pensava!
Criticava os rótulos arcaicos das
mulheres escolhidas, das caladas e subservientes de seus maridos!
Nunca imaginara presa por
alguém ou alguma coisa que tirasse - lhe o sopro e o sabor do vento: era livre.
Cresceu com o estigma
feminino de casar, procriar e cuidar da prole, mesmo que não há tivesse escolhido.
O marido, provedor e senhor, seria a única opção de exercer seu desejo.
Seu gozo só seria permitido
pelo branco do vestido e pela argola que prenderia seus dedos: ah, sinais!!
Não se via assim. Não era
assim. Não seria ela!
Nascera para profanar as tradições
e clichês de um comportamento engessado e morto.
Era seguidora de Peter
Drucker: "Existe o risco que você
não pode jamais correr e existe o risco que você não pode deixar de correr.”
Já havia escolhido seu
destino. O homem que escolhera para si seria escravo, objeto e amante. Mesmo
que isso lhe obrigasse o uso do disfarce daquelas que o usam para negar quem
são de verdade: mulheres, amantes e donas de sua sorte e fantasias!
Dominara o homem que pedira
para ser dominado. Ele também não viveria sem ela: seus corpos se pediam e suas almas aceitavam!
Como hostilizar o que viviam? O que fora profano se transformara em sagrado. O que era proibido, desvelara -
se para eles. O que um queria, o outro implorava. Sucumbiram em um desejo
único: morrer de amor. E viveram para isso!
Corpo e alma.
Certo e errado. Luz e sombra. Deus e diabo. Sagrado e profano.
Texto transcrito do orkut do tão estimado
Glaucus Lemos...

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