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domingo, 15 de agosto de 2010

O recomeço do fim.

A verdade é que sou fraca. Sinto uma vontade enorme de me matar pelo menos uma vez ao dia, mas sou fraca... Não tenho coragem, por não saber o que vem depois. E sem saber, principalmente, o que vem agora.
Escrevo para desabafar, para tentar explicar para mim mesma, e para as pessoas como é sentir como me sinto. Me sinto fraca, cansada e sem futuro. Não me vejo daqui a cinco anos e cada vez que penso nisso fico mais fraca. 
No meu coração guardo mais mágoas e medos do que posso suportar, não tem em quem confiar, não tenho quem cuide de mim. Me sinto só... Tanta solidão me deixa confusa e fraca. Tanta fraqueza que já não tenho forças para encarar meus erros, nem para festejar minha vitórias, me sinto inútil.
Minha mãe fala que é coisa da idade, eu simplesmente chamo tudo isso de fraqueza, de covardia... Pode ser trauma. Preciso fazer análise, mas me sinto fraca, tenho medo do que possa descobrir. Cazuza me disse uma vez em verso: Vou pagar a conta do analista, pra nunca mais ter que saber quem eu sou...” Eu não sei quem eu sou, não sei o que fui, o que vou ser e muito menos quero ser alguma coisa. Bem, na verdade eu quero, poder por um dia inteiro me sentir feliz.

Marcela Lopes

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