Veio, chegou perto de mim, sentiu que eu não dava choque, mas parou, teve medo. Eu sempre fui mais atirada, mais esperta e talvez mais preparada, eu fui. Cheguei perto, fiz um cafuné. Você gosta, sempre gostou, disso, de carinho, de mim. Sempre, posso perceber, qualquer um pode perceber, me ama. Sempre me amou, me ama. Te engano, nem sempre foi assim. Foi se um tempo que o tempo não há de apagar, eu te amei. Amei de um jeito que tenho medo de amar de novo, eu te amei. Gosto de ficar dizendo isso, EU TE AMEI, passado, não amo mais. Pude perceber... Olhando em seus olhos, nem precisei ir tão profundo, não que você pudesse ir mais profundo, não dá. Eu te olhei, te olhei e vi um brilho, uma coisa que nunca teria visto se ainda te amasse, você me ama, não me engana, que eu sei. Qualquer um sabe, é só olhar bem, nem precisa ir tão profundo, você não consegue mais profundo que isso. Você está confuso que eu sei, tudo está saindo tão rápido de mim, as palavras, as frases, os gemidos e as mentiras ao pé do seu ouvido, eu parei. Parei de te esperar e vi, você sente saudades, você sempre sentiu saudade, vontade, de mim, de nós, de novo. É. Me ama que eu sei. Me ama... Ao brilho das estrelas, às luzes da cidade, me ama que eu sei. Não me engana, já não pode mais. Não te amo, não preciso de explicações, não que você conseguisse me explicar alguma coisa, só não preciso, não quero mais. Não te quero mais. Nem sei porque ainda escrevo sobre você. Talvez seja essa minha vontade incontrolável de gritar ao mundo, à você, aos seus amigos, aos meus; ahhhhh, eu não te amo mais!
Beijos, Marcela Lopes
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