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terça-feira, 3 de junho de 2014

JP


O fato é que eu tomei muitos remédios para dormir. Quando nem o primeiro, nem o segundo surtiram efeito sobre a força que tem meu pensamento em você. É que hoje não vieram em minhas utopias, alucinações comuns. Só consigo pensar em você pelado.
Não entrei em seu quarto, quando fui a sua casa, e você não estava lá, nem mesmo para apagar a luz do banheiro. Tive, mesmo, medo de não resistir a cheirar suas coisas, a procurar pistas de algo que nem sei o que. Passei direto, mas olhei. Brevemente, mas pude reparar em cada detalhe da sua bagunça. Sua bota molhada da chuva que nos pegou na noite anterior estava jogada próxima ao seu guarda-roupa aberto, parecia que você tinha fugido. Talvez tenha mesmo.
Agora aqui, deitada no meio dessa escuridão infinita onde só brilha a brasa do paiero, começo a imaginar como seria. A gente subindo a escada se beijando, e ameaçando cair para todos os lados, se segurando nas paredes até chegar à porta. Seria legal se você me carregasse da porta e me jogasse na cama, mas você não teria essa força. A gente se beijaria até chegar ao seu quarto, mas ainda na sala eu já teria tirado a sua blusa, aquela mesma polo azul da outra vez que ficamos. Você tem um peito lindo, que me dá vontade de te abraçar e não soltar nunca.
Você fecha a porta do quarto e fica olhando sem entender eu tirar o colchão da cama e colocar no chão, mas você vai entender. Encosto-te à parede e fico beijando seu pescoço, sua barriga e assim abro sua calça. Duvido que alguém um dia tenha te chupado como eu. Pode ser que eu realmente saiba o que estou fazendo, mas a verdade é que eu estou fazendo isso com paixão e isso muda as coisas. Eu sinto um tesão enorme em você, um tesão que eu não sei de onde vem, mas vem, e acaba comigo.
Não sei se o que você vai achar depois que eu terminar, não sei sua opinião sobre ser dominado, mas eu gosto de estar no comando, eu quero te dar o melhor de mim, o que você merece.
Jogo-te no colchão e tiro meu vestido, é claro que vou te dar o prazer de tirar meu lingerie, foi pra isso que eu comprei, de shortinho, como você disse que gosta.
Sento sobre você e começo a te beijar, seus beijos estão melhores do que nunca, e eles já eram os melhores da minha vida! Você tira meu sutiã, alguma coisa em você indica que você sabe o que está fazendo e eu sinto muita excitação nisso. Você como sempre é silencio. Eu queria ter algo a dizer, mas porque?
Tiro sua calça e sua cueca, e você tem pernas lindas! Eu nunca tinha visto suas pernas. Você é tão branco e lindo! Quero amarrar seus braços ao pé da cama, será que você gostaria disso? Acho que você teria medo. Vou deixar assim como está por mais um tempo.
Você me vira, e fica por cima de mim, de onde surgiu tanta força? Você tira minha calcinha. E, meu Deus! Você realmente sabe o que você está fazendo. Você quer me chupar, mas eu não deixo, eu sou assim. Então você continua com a mão e eu com a minha em você.
Eu pego a camisinha e você entende o recado, eu não aguento mais, preciso de você dentro de mim. Já na primeira bombada eu me contorço. É, eu achei que eu acabaria com você, mas é bem provável que você acabe comigo.

Marcela Lopes

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