Eu
falo que tem alguém e as pessoas riem. Todo mundo pode gostar de alguém menos
eu. Mas a verdade é que eu sempre sinto, talvez não seja o que as pessoas
esperem que eu sinta, nem na mesma intensidade. E tá, eu minto, bom, omissão
seria a palavra certa. Não sei sentir sozinha. Nesse momento eu estou sentindo.
Não é amor, claro. Não é paixão, nem desejo, não é nada que se nomeie. Posso
dizer que é um misto de vergonha, frustração e esperança. Poucas vezes ouvi um
não tão não, quase ninguém tem essa audácia, mas essa palavra sempre me
prendeu. Mas eu não sei sofrer... só sei sorrir, é da minha natureza ser feliz.
Então acenei e segui meu caminho. O que me confortou foi saber que nunca gostei
de você, gostei do que inventei de você. O porque da esperança? A vida é uma
coisa tão mágica e surpreendente que a gente conhece, desconhece e depois acaba
conhecendo a mesma pessoa diversas vezes. Quem sabe um dia nós dois pararemos
de inventar um do outro e realmente descobrimos que combinamos. Ou não, porque
a vida é isso. A vida é uma life!
Marcela Lopes
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